sábado, 14 de agosto de 2010

Poder e Autonomia da Enfermagem

Poder e Autonomia da Enfermagem


Dentro do contexto social existe um equívoco sobre o que é ter autonomia e o que é poder. A autonomia é mais comumente definida como a capacidade de auto governo ,a liberdade ou dependência moral /intelectual que pode ser utilizada ou não como sendo a liberdade de julgamento e de tomadas de decisões frente às necessidades. O poder é definido como o direito de deliberar , agir e mandar,e também dependendo do contexto ,a faculdade de exercer autoridade e soberania .
Para a sociologia poder,se define como a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros ,mesmos se estes resistirem de alguma maneira; Assim ,pode conferir que dentro desse contexto sociológico existe diversos modos de poder,como o poder econômico,político,militar e entre outros.
Para o autor Luíz Graça pessoa ou profissão autónoma é aquela que tem liberdade de pensamento e realiza ações livres de coações externas ou internas.
Dessa maneira pode se deduzir ,que no âmbito institucional ,nenhum trabalho, que seja ou não da área de saúde, está livre de intervenções de ações ou opiniões advindas de outros profissionais .
Semelhantes em aspectos exteriores ,poder e autonomia são totalmente diferentes em suas características fundamentais. Visto que o poder não se dissocia da autonomia,mas não necessariamente para se ter autonomia é preciso de se ter poder.
A autonomia profissional tem sido ao longo do tempo e da evolução da enfermagem ,um tema extremamente importante para a compreensão da profissão,tanto na definição de seus desafios e objetivos,quanto na forma como os enfermeiros se relacionam e se apresentam na equipe de saúde e para a sociedade em geral. Dessa forma ainda pode se definir a autonomia como a propriedade pela qual o homem pretende poder escolher as leis que regem a sua conduta.
A construção teórica a cerca deste tema na profissão tem sido mais frequentemente realizada ao redor da relação Enfermagem-Hegemonia médica;Ja que a enfermagem passou de prática autônoma para uma prática subordinada dentro do modelo médico ,instituído após a Revolução Industrial.
A autonomia se desdenha a partir das definições estabelecidas do que é essencial e do é instrumental á profissão ,então se concretiza na definição e no estabelecimento de núcleos e de significados de práticas essenciais e instrumentais,bem como na forma como se relacionam entre si.
A década de 80 foi marcada por movimentos civis e feministas em que foi o estopim para os enfermeiros reivindicar e lutar pela sua própria autonomia,embora não seja o esperado,portanto essa década ficou conhecida como a década da decisão em enfermagem ;a partir disso adotou-se um sistema de busca pela autotomia pautada na conquista diária realizada passo a passo pela eficiência do trabalho pela habilidade e competência.
A profissão d enfermagem deveria ser pautada por uma moral totalmente autônoma que permitisse questionar ,duvidar e se necessário provocar mudanças,ou fundamentalmente não agir apenas a partir do que os outros decidem e determinam que façamos ,mesmo causado conflitos entre os que acreditam que devemos fazer e o que na verdade executamos ,ou nos sujeitamos a fazer.

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